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Pandemia: Digitalização e negociações norteiam o mercado imobiliário

09/04/20

A pandemia do coronavírus atinge todos os setores da economia brasileira. A necessidade do isolamento social e a suspensão do funcionamento dos serviços, comércio, entre outros setores, fazem com que empresários e trabalhadores sofram com a incerteza do futuro.

No ramo do mercado imobiliário, totalmente atrelado a construção civil, que retoma gradativamente a sua atividade, não é diferente a situação. O ramo precisou se adaptar às tendências tecnológicas e inovar para superar a crise.


Um dos métodos para que os clientes não ficassem desassistidos para locação ou compra de imóveis é a digitalização, conforme explica o diretor executivo da Bortolini Imóveis, Ricardo Bortolini. “É uma situação inédita e precisamos adaptar o processo. Conseguimos, por meio da digitalização e do mercado online, deixar o cliente mais próximo dos imóveis. Tínhamos algumas práticas já e tivemos que colocar quase tudo nessa circunstância, antecipando a entrada no digital para consumir uma locação. Hoje conseguimos fazer visitar virtuais, passeio ao vivo com o cliente conectado. Foi uma antecipação ao mundo online”, afirma.

Outro passo importante é a documentação digital, conforme pontua Bortolini. “Nós potencializamos o processo de assinatura digital, em que é reconhecido legalmente essa condição com a documentação digital”, explica.

Com três semanas de prevenção ao coronavírus em Passo Fundo, Bortolini ressalta que o momento é de incerteza no mercado imobiliário. “O que acontece agora no mercado é a dúvida. As pessoas estão mais receosas. Com certeza, a pandemia já impactou no mercado, no volume de procura, mas nós temos que criar alternativas. Para o cliente que é consumidor final, que quer comprar para morar, ele apresenta bem mais dúvidas”, reforça.

CLÁUSULA CORONAVÍRUS

O mercado imobiliário também atua com uma medida preventiva em razão da incerteza da retomada total dos serviços. “Tentamos equilibrar a relação com a cláusula coronavírus. Se o Estado permanecer assim, se em 90 dias ele tem receio, problema de renda, o contrato poderá ser desfeito sem problema algum. O consumidor não tem prejuízo. É uma alternativa que surgiu para não ficar ruim para ninguém no mercado”, declara Bortolini.

NEGOCIAÇÃO DE ALUGUEL

Uma das maiores preocupações da comunidade em geral é quanto ao pagamento dos alugueis. E essa é uma tarefa que as imobiliárias tratam com cuidado neste momento. No momento, essa é a principal demanda de negociação das imobiliárias. “O mercado vive um dilema da locação. O que acontece é que pelo lado comercial, há uma discussão de como pagar o aluguel. O Brasil todo está precisando negociar muito o aluguel”, salienta Bortolini. “Nisso, eu falo de postergar pagamento, tirar indenização, tirar multa e juros, fazer invenções. É equilibrar a relação do proprietário e do inquilino para tentar salvar o negócio, para não haver desocupação do imóvel. Na prática, isso tem êxito, as pessoas estão entendendo”, completa.

Embora o momento de incerteza para negócios, existe o lado do investidor que possui um capital reservado. Bortolini lembra que o investidor poderá aproveitar esse momento em razão do imóvel ser uma moeda forte, que dificilmente sofre grandes oscilações. “O investidor tem outra visão, ele acha bom pelo lado da oportunidade. As pessoas precisam gerar liquidez, vender. Vem um período de boas oportunidades no mercado. Pro investidor, o imóvel ficou quase no primeiro item de investimento”, pontua.

Fonte: Diário do Amanhã

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