Melhora do poder aquisitivo dos moradores levou construtoras a aumentar a régua no portfólio
A melhora do poder aquisitivo dos moradores da região Oeste levou a Construtora e Incorporadora Nostracasa a lançar prédios com apartamentos que custam até R$ 1,5 milhão. A empresa tem cinco obras em andamento, com 132 unidades residenciais e 80 comerciais. Em um dos lançamentos, o prédio comercial Lazio Executivo, Pablo Dávi comenta que já vendeu 95% das 89 salas.
— Em 2013, tivemos o recorde de vendas em 33 anos da empresa — diz o presidente da Nostracasa.
Na época em que foi fundada, em 1980, a empresa contava com apenas dois funcionários. Hoje, são 200, entre os negócios da imobiliária e da incorporadora. Em 33 anos de história, a Nostracasa já entregou 26 prédios em Chapecó — mas os negócios nunca estiveram tão aquecidos como agora. Para o ano que vem, a construtora se prepara para lançar três prédios residenciais e um comercial.
O bom momento da Nostracasa é reflexo de um mercado aquecido. Se no Brasil a construção civil cresceu 35% nos primeiros oito meses de 2013 na comparação com 2012, no Oeste o crescimento foi de 54,5%, segundo dados da Caixa. Em Caçador, o volume de crédito imobiliário dobrou. Em Chapecó e Concórdia, o aumento passou dos 70% e, em São Miguel do Oeste, chegou a 64%.
O superintendente regional da Caixa no Oeste, Ricardo Bier Troglio, atribui o crescimento ao bom momento da economia regional, já que o agronegócio representa cerca de 30% das exportações catarinense.Tudo indica que o investimento em habitação irá ultrapassar os R$ 799,7 milhões aplicados nos 123 municípios do Oeste no ano passado, volume que foi 23 vezes superior aos R$ 33,8 milhões financiados em 2004.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Chapecó e Região (Sinduscon), José Brill Wolff, destacou que na região de Chapecó o setor vem crescendo de 40% a 50% ao ano desde 2007.
Wolf citou que sua empresa, que tinha 32 funcionários em 2007, chegou a 350 neste ano, principalmente graças aos programas de habitação do governo federal. Atualmente o setor emprega sete mil pessoas somente na região de Chapecó. E tem gás para mais.
— Teremos mais quatro a cinco anos de expansão — diz Wolff.
Autor/Fonte: Diário Catarinense